"Muitos pregadores amam condenar pessoas, o oposto à atitude de Deus", alerta Tim Keller
Tim Keller disse que Deus julga as pessoas porque Ele é justo, mas os pregadores devem repensar sobre a atitude. (Foto: Reprodução)
Muitos pregadores gostam de condenar as pessoas, disse Tim Keller, ressaltando que isso é exatamente o oposto da atitude de Deus. Em uma entrevista para o programa TBN, de Mike Huckabee sobre seu novo livro, “O Profeta Pródigo”, o teólogo explicou que lições importantes podem ser aprendidas por meio do Antigo Testamento.
Ele explicou o caso de Jonas, que queria condenar o povo de Nínive. "Jonas foi para a cidade e pregou, mas não amava a cidade", disse Keller, quando perguntado sobre como os cristãos devem reagir sobre a desobediência.
"Isso não foi bom o suficiente para Deus, porque no final, ele diz a Jonas: como você pode não amar uma cidade com 120 mil pessoas que não me conhecem?", acrescentou.
Uma lição principal da vida de Jonas é que Deus diz que não é suficiente pregar a verdade sem ter amor no coração. Keller continuou reforçando uma passagem no Novo Testamento, em 1 Coríntios 13.
Embora o julgamento de Deus seja real, "se você pregar o julgamento sem lágrimas, não terá o Espírito de Jesus", disse Keller, fazendo referência às palavras do pensador e escritor cristão Francis Schaeffer.
"Porque quando Jesus olhou para Jerusalém, e ele soube na época que era uma cidade que iria se levantar e esmagá-lo, mas Ele olha para Jerusalém e diz: 'Jerusalém, Jerusalém, se você soubesse as coisas que dizem respeito a você, mas agora elas estão escondidas de seus olhos. Eu gostaria de te levar sob minhas asas, do jeito que uma galinha leva seus filhotes sob suas asas’. É incrível a compaixão, mesmo que Ele esteja pregando o julgamento”.
“Deus julga porque Ele é justo, mas não é algo que Ele gosta”, enfatizou o pregador. "Não devemos desfrutar da possibilidade de condenar as pessoas. Mas eu acho que muitos pregadores e cristãos que gostam de condenar as pessoas", disse ele ressaltando que tal criticismo é "uma das tragédias da igreja moderna".
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